quarta-feira, 11 de julho de 2007

Apresentando o Livro de Daniel

Introdução
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Há muito tempo atrás os adventistas eram conhecidos como “o povo da Bíblia”. Infelizmente nos últimos anos temos percebido uma crescente ignorância por parte de seus membros. Poucas pessoas hoje sabem dar a razão do que crêem e isso é lamentável! Sabedores que somos de estarmos vivendo nos últimos momentos desta terra, é hora de tomarmos uma atitude e nos prepararmos pra crise que virá! Há milhares de pessoas lá fora que precisam ouvir a nossa mensagem e, enquanto não pregamos, estão sendo enganadas por toda sorte de doutrinas atrativas, mas sem fundamento. É urgente que contenhamos o processo de secularização que tem consumido o nosso coração e o nosso tempo e tomemos a decisão definitiva ao lado de Jesus. Daniel 1 possui um alerta pra nós nesse sentido, por isso é tão importante que comecemos por esse capítulo.
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Contextualização Geográfica e Histórica
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Deus havia colocado seu povo na confluência dos 3 continente conhecidos de então: África, Ásia e Europa. Era Seu desígnio que ao as caravanas passarem pelas rotas comerciais que cortavam a Palestina, chegassem ao pleno conhecimento da Existência de um Deus soberano e de um Messias Redentor que viria e morreria por toda humanidade. Entretanto, talvez o único momento da história em que isso realmente tenha ocorrido tenha sido nos primeiro anos de reinado de Salomão. E mesmo assim, foi muito pouco tempo.
A apostasia logo tomou conta de Israel, Salomão se corrompeu e seu arrependimento no final de sua vida não foi capaz de transformar o comportamento de seu filho Roboão. As tribos se dividiram e, apesar de terem existido alguns poucos momentos de comunhão com Deus nos reinados de Josafá, Josias, entre outros, os reinos de Israel e Judá paulatinamente se afundaram no pecado.
Foram muitos os apelos de Deus durante todo esse tempo. Muitos profetas foram levantados e a mensagem que tinham a pregar não era das melhores: os reinos seriam destruídos. Israel foi o primeiro a cair. Oséias, Joel e Amós pregaram insistentemente. Escreveu Amós:
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“Buscai o Bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis. Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei o juízo na porta. Talvez o Senhor, o Deus dos Exércitos, tenha piedade do resto de José.” Amós 5:14-15
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Mas então vieram os Assírios e levaram o reino do norte em cativeiro. Apesar do exemplo trágico que Israel demonstrou ao se afastar de Deus, Judá seguia no mesmo caminho. Isaías e Jeremias foram comissionados a alertar o povo. Escreveu Isaías:
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“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, por que grandioso é em perdoar” Isa. 55:6-7.
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Escreveu Jeremias:
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“Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva!” Jer. 4:14
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Infelizmente não houve arrependimento. 134 anos depois da destruição de Israel, Judá também enfrentaria a mesma sorte.
O povo estava incorrigível em seus pecados. Deus ainda usou algumas incursões dos babilônicos sobre Judá e Jerusalém para promover alguma oportunidade de arrependimento. Foi numa dessas incursões que Daniel e seus amigos foram levados cativos.
Muitos acreditam, e eu achava que era assim também, que Daniel foi seqüestrado por ocasião da destruição de Jerusalém, mas não isso que está na Bíblia. Vamos ler Daniel 1:1-4
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"No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou. O Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus. Disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes, jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus."
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Jeoiaquim não foi o último rei de Judá, mas sim Zedequias, seu tio. Logo Daniel foi levado cativo 11 anos antes da destruição do templo. Jerusalém ainda suportou 11 anos! Que Deus misericordioso!
Amigos, da mesma forma estamos já nos acréscimos da contagem de Deus... nosso mundo já mostra sinais de colapso, Jesus já devia ter voltado! Entretanto é pela sua misericórdia que ainda estamos aqui! Senão, de que outra forma iríamos para o céu? Do jeito que estamos hoje??
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“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” II Ped. 3:9
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Como povo remanescente da vez, podemos ter o mesmo fim que Israel e Judá. Fomos chamados com um propósito. Estamos cumprindo-o? Ou vamos ter que esperar a crise?
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Daniel 1
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O Espírito de Profecia é claro em dizer que muitos dos que foram levados cativos foram usados por Deus em Babilônia.
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“Entre os filhos de Israel que foram levados cativos para Babilônia no início dos 70 anos do cativeiro havia cristãos patriotas, homens que eram tão fiéis ao princípio como o aço, e que se não deixaram corromper pelo egoísmo, mas honrariam Deus com prejuízo de tudo para si. Na terra de seu cativeiro esses homens deviam levar avante o propósito de Deus de dar às nações pagãs as bençãos que vêm pelo conhecimento de Jeová. Deviam eles ser Seus representantes.” Profetas e Reis, pág. 479
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Daniel foi um desses homens. Apesar da destruição do seu lar, de ter sido retirado de sua terra e de todo o sofrimento pelo qual passou, ainda permaneceu fiel à Deus.
A história de Daniel nos mostra que muitas vezes os inocentes sofrem por causa do erro de outros. Na Bíblia temos muitas dessas histórias: Abel, José do Egito, Jeremias e o próprio Jesus. Salomão também percebeu isso:
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“Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal. Ainda que o pecador faça o mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, contudo eu sei com certeza, que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temem diante dele. Porém o ímpio não irá bem, e ele não prolongará os seus dias, que são como a sombra; porque ele não teme diante de Deus.” Ecles. 8:11-13
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Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum dos seus caminhos. Porque o perverso é abominável ao Senhor, mas com os sinceros ele tem intimidade.” Prov. 3:31-32.
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A melhor recompensa pra quem serve a Deus, é a intimidade com Deus, a comunhão com Deus.
Na Bíblia, em lugar algum está escrito que aqueles que O seguem estão livres de todo perigo e sofrimento, mas que enfrentariam esses problemas com Deus. As pessoas deixam a Deus na esperança de que o mundo seja mais justo, mas o mundo que é injusto, não Deus. Embora para Daniel todas as coisas estivessem dando errado, ele decidiu ser fiel a Deus e sua decisão não foi ignorada:
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“E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.” Dan. 1:8
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Muitos tem usado esse verso como o baluarte da reforma alimentar na igreja. Colocam Daniel como o exemplo de vegetarianismo da Bíblia, mas isso não é verdade. Vamos analisar com calma. Daniel era judeu, e judeus comiam carne de cordeiro pelo menos uma vez por ano, na páscoa. Logo deve haver alguma outra razão por trás da decisão de Daniel.
Daniel não quis comer daqueles alimentos pois eram carnes oferecidas à ídolos, não eram preparadas ao estilo judaico, em que se degola o animal e deixa escorrer todo o sangue. Daniel podia não ser vegetariano, mas ele seguia as leis de saúde reveladas ao tempo dele, o que muitos não fazem hoje.
Não estou aqui pra dizer que quem come carne vai pro inferno e quem bebe coca-cola não vai beber da água da vida, mas posso dizer que vai ser mais difícil. A irmã White diz no Livro Profetas e Reis:
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É o corpo um meio muito importante pelo qual a mente e a alma se desenvolvem para a edificação do caráter. Essa é a razão por que o adversário das almas dirige suas atenções no sentido do enfraquecimento e degradação das faculdades físicas”. Pág. 488
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“O corpo deve ser posto em sujeição às faculdades mais altas do ser. As paixões devem ser controladas pela vontade que, por sua vez, deve ser ela mesma estar sob o controle de Deus. O régio poder da razão, santificada pela graça divina, deve controlar a vida.” Pág. 489
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“Daniel e seus companheiros foram muito melhor sucedidos que seus colegas; mas sua ilustração não veio por acaso. Eles obtiveram o conhecimento mediante o fiel uso de suas faculdades, sob a guia do Espírito Santo. Compreenderam que para poderem permanecer como representantes da verdadeira religião em meio das religiões falsas do paganismo, deviam possuir clareza de intelecto e aperfeiçoar o caráter cristão. (...) Finas qualidades mentais e alto tono moral não são o resultado de acidente. Deus dá oportunidades; o sucesso depende do uso que delas se fizer.” Pág. 486
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Amigos, nós queremos mesmo ser servos de Deus? Se queremos, por que continuarmos na estagnação espiritual que nos encontramos? Há muita coisa na vida que precisamos ir gradualmente abrindo mão... e com respeito a alimentação, acredito que aí estão as coisas mais fáceis de se abandonar!
Há muita gente que espera alguma grande obra pra poder começar a se dedicar à Deus e lhe demonstrar fidelidade. Acreditam que possuem algum talento supostamente mal aproveitado e suplicam a Deus por oportunidades, enquanto milhares delas são ignoradas por serem consideradas pequenas demais. Se Daniel tivesse esperado se transformar em primeiro ministro pra depois ser fiel a Deus, quantas oportunidades haveria perdido? Mas por ter sido fiel desde o começo é que Deus o honrou!
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“porque aos que me honram, honrarei” I Sam. 2:30
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“Um caráter nobre não é resultado de acidente; não é devido a favores especiais ou dotações da Providência. É o resultado da autodisciplina, da sujeição da natureza mais baixa à mais alta, da entrega do eu ao serviço de Deus e do homem.” Profetas e Reis Pág. 489
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Queremos entender o livro de Daniel? Então sejamos como Daniel.

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